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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Vieira: "Obras" versus Títulos

O reinado de Vieira vai longo e é comum dizer-se entre os benfiquistas que quando este chegou ao clube tínhamos as pedras da calçada. Ou que foi ele que nos salvou das garras de Vale e Azevedo, quando foi Vilarinho que o fez. Aliás o fantasma Vale e Azevedo é um argumento muitas vezes utilizado para defender a permanência do actual presidente. A verdade é que a presidência de Vieira tem-se divido entre duas coisas: as "obras" feitas e a falta de títulos relevantes no que toca ao futebol.

No que toca às "obras", foi sobre a sua tutela que se acabou o novo estádio da Luz, mas não foi ele que iniciou esse projecto. Uma obra relevante e que nos orgulha a todos, mas que apesar de merecer elogios, não é nada de outro mundo, quando os nossos dois outros rivais, também tiveram estádios novos. A construção do centro de estágio do Seixal, foi de facto uma grande iniciativa por parte de Vieira. O clube, nomeadamente a sua direcção técnica e jogadores, deixaram de ter a casa às costas e passaram a ter um local privilegiado onde podem treinar e onde a formação pode ser potenciada. Um grande mérito e algo que efectivamente nos faltava. A Benfica TV foi uma plataforma que permitiu ao clube estar mais perto dos sócios, uma acção inédita em Portugal e que nos dias de hoje nos permite a transmissão dos jogos do clube em casa, bem como a transmissão de outros campeonatos como o inglês ou brasileiro. Por outras palavras, significou o rompimento com a Olivedesportos, algo a que os benfiquistas a muito ansiavam. O acompanhamento das modalidades passou também a ser possível para os adeptos que não podem ter acesso aos jogos em Lisboa. A fundação Benfica, foi um projecto bem pensado e que valoriza alguns dos lemas deste clube. Não esquecer quem nos fez bem e ajudar quem mais necessita. E por fim o museu Cosme Damião, é uma "obra" que engrandece a nossa história, um espaço que faltava para que os benfiquistas e não só tivessem a possibilidade de revisitar a história do clube. Tudo isto merece o meu elogio e tudo isto são pontos positivos na era Vieira, pontos a favor no seu reinado.

Mas a nível desportivo, as coisas são muito diferentes. Desde que chegou ao clube, Vieira fez muitas promessas e poucas foram cumpridas. "Teremos a coluna vertebral do futuro campeão europeu", "o Benfica será mais forte que o Real Madrid", "ninguém terá tanto sucesso em Portugal como o Benfica", "se não chegar aos 300 mil sócios em 2008, demito-me", são alguns dos exemplos, mas muitos mais poderiam ser evocados. O que se tem visto sobre a gestão de Vieira é um Benfica completamente desorganizado desportivamente, orfão de um planeamento que permita ao clube ter sucesso. Entrada excessiva de jogadores todos os anos, estratégias erradas durante todas as épocas no que toca a combater os constantes ataques de que somos alvos, inúmeras reorganizações internas que produzem poucos resultados, apoios a figuras ligadas ao sistema, como Fernando Gomes ou Valentim Loureiro. O Benfica com excepção dos 2 campeonatos ganhos em 11 anos, tem sido um barco à deriva e tem perdido terreno época após época para o rival do norte. As constantes desculpabilizações dos insucessos, a falta de exigência reinante entre os sócios, o pensar-se o clube mais como uma empresa do que como um clube desportivo, explicam isso, mas é preciso dizê-lo com todas as letras. A principal causa para a falta de títulos relevantes (abro um parêntesis para falar do sistema que existe, mas que é uma sombra que nós mesmos nos encarregamos de alimentar, por vezes), tem sido a incompetência a todos os níveis. E essa incompetência, essa falta de títulos é disfarçada por aquilo que comecei a falar, as "obras" de Vieira. Poderá separar-se uma coisa da outra?

Eu avalio as coisas globalmente. Eu sou o tipo de sócio que dá importância ao que de bom vai sendo feito em termos de espólio benfiquista, mas que acima de tudo, dá importância a uma coisa: títulos. Consigo observar o que de bom foi feito, mas salta-me à vista aquilo que poderíamos ter sido se fossemos um clube bem gerido desportivamente. E aí meus caros amigos, sabe-me a pouco. Aí Vieira não tem nocão do que está a fazer e é tempo dos sócios pararem de o avaliar apenas por aquilo que tem sido feito, vamos dizer, fora de campo. É tempo dos sócios avaliarem o seu presidente por aquilo que ele não tem sido capaz de fazer no que toca a tornar o Benfica um clube ainda mais forte. E um grande clube, torna-se mais forte, deixa marcas para as gerações futuras se viver de conquistas. É assim que se constroi e se mantém a mística de um clube. É tempo de parar com os fantasmas do passado, de parar de pensar que a melhor solução possível para o Benfica é Vieira. É tempo de abrir os horizontes, avaliar o bom e o mau e tirar uma conclusão por ambas as coisas. Não apenas relevar o bom e esquecer o mau. E aí, Vieira a meu ver, deixa a desejar. Porque no dia, e chegamos já a esse dia, em que os benfiquistas se contentam por estarem na luta, por estarem nas decisões, é o dia onde algo terá que ser feito para se mudar a mentalidade. Ao Benfica só existe um destino, vencer. E quando vence, não dormir à sombra da bananeira sobre o êxito alcançado. E quando não vence, não atirar as culpas para os outros, quando é dentro de portas que temos que primeiro fazer a diferença.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Sidnei ainda vai a tempo?



Duvido. Perdi quase todas as esperanças em relação a este jogador. Reconheço-lhe grandes qualidades a nível futebolístico, mas a sua mentalidade competitiva não é aquela que é exigível para a alta competição. No entanto o Benfica resolveu um problema, para já, com este empréstimo ao Espanhol de Barcelona, resta esperar que o jogador aproveite esta nova oportunidade e consiga relançar a sua carreira, por mais improvável que isso me possa parecer. É triste perceber que um jogador que tem tanto potencial para fazer uma boa carreira, deixe isso passar ao lado em detrimento de coisas que podiam ser facilmente resolvidas. Será que ainda vai a tempo? Agenciado por Jorge Mendes, Sidnei ganha nova chance para mostrar o seu valor. E se isso acontecesse, ganharia o Benfica mais uma opção para a defesa.

O fim anunciado de Melgarejo

Melgarejo depois de ter sido uma aposta pessoal de Jorge Jesus para a lateral esquerda, está perto de deixar o clube e rumar a outras paragens, em princípio num empréstimo com opção de conta. Já o referi aqui o que pensava da sua adaptação, mas o que é certo é que a saída do paraguaio levanta uma outra questão: Quem será a alternativa a Bruno Cortez? Luisinho, está visto que não entra nos planos e bem. Restam Sílvio ou André Almeida. Estará o Benfica bem servido para a lateral esquerda? A não ser que chegue mais alguém, o que acho improvável, penso que temos continuamos com um problema nesta posição. Embora tenha que dizer que Bruno Cortez tem qualidade suficiente para se impor. O problema é se por esta ou aquela razão não possa jogar... avança Sílvio, mostra a tua polivalência...

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A contratação de Pizzi




Ou a não contratação, como se queira designar. Ficamos a saber pelo Atlético de Madrid que o seu passe foi vendido ao Benfica, não anunciando os valores, mas englobado na transferência de Roberto. Roberto? Roberto, sim... Roberto pelos vistos ainda era jogador do Benfica... mas a 3 de Agosto de 2011 o clube anunciou à CMVM a transferência dos direitos desportivos de Roberto ao Saragoça e a totalidade dos direitos económicos a outra sociedade... mas que grande confusão que para aqui vai... um negócio às claras! Voltando a Pizzi, a cedência será o passo a seguir. O seu ingresso imediato no Benfica só faria sentido se Salvio ou Gaitán saíssem, o que não me parece que vá acontecer, pelo que rodar ao que tudo indica um ano na liga espanhola, será bom quer para o clube, quer para o jogador. Curioso é que até ao momento em que escrevi este post (22 horas do dia 28 de Julho de 2013) o Benfica nem uma palavra a nível oficial tenha dado sobre o jogador Pizzi. Tudo o que ficamos a conhecer veio do clube, vamos dizer assim, vendedor.

domingo, 28 de julho de 2013

Até sempre Fernando Martins



Partiu Fernando Martins, antigo presidente do Sport Lisboa e Benfica entre 1981 e 1987. Para a história fica conhecido como aquele que mandou fechar o antigo terceiro anel do Estádio da Luz. Sagrou-se bicampeão português de futebol, em 1982/1983 e 1983/1984, sob o comando do treinador sueco Sven-Goran Eriksson, e conquistou três Taças de Portugal (1982/1983, 1984/1985, 1985/1986) e uma Supertaça portuguesa, em 1984/1985. O Benfica Ad Aeternum, endereça as condolências aos seus familiares e amigos. Quem marcou este clube de alguma maneira, jamais será esquecido.

P.S. No entanto a sua amizade por demais conhecida com Pinto da Costa e a defesa pública que fez a este aquando do Apito Dourado, deixam-me um amargo de boca. Mas não vai ser agora que vou falar disto. Paz à sua alma.

Artur continua a demonstrar insegurança...



O Benfica parte para a nova época com um problema na baliza. Depois do que assistimos na temporada passada, o que vemos nesta pré-época é mais do mesmo. Um guardião inseguro, intranquilo e que não transmite a segurança necessária à equipa. Com o caso Oblak a decorrer, torna-se evidente que a baliza pode tornar-se um problema sério, embora esteja mais do que visto que Jesus deposita toda a sua confiança em Artur. Artur, temo dizer, não está à altura das exigências de um clube como o Benfica. A primeira época foi um oásis e o que temos visto é mais perto da sua real mais valia. Um guarda redes que nunca se impôs na Europa em nenhuma equipa, com excepção do Braga, quando Felipe partiu para o Brasil, será sempre um guarda redes que deixaria muitas dúvidas. O que fazer agora? Dar-lhe confiança e esperar que suba o seu rendimento ou ir ao mercado e contratar um jogador com créditos firmados (já que aposta em Oblak não acontecerá)? A resposta para mim é óbvia. É um dos pontos fracos do plantel e um problema que precisa ser solucionado, antes que seja tarde demais e volte a custar-nos pontos ou troféus...

sábado, 27 de julho de 2013

Chega de sofrer golos estúpidos!

O Benfica, mesmo que seja em jogos de pré-época continua a consentir golos de uma forma, vamos dizer, inocente. Sem bola os jogadores não raras vezes estão mal posicionados e não agem como uma equipa. Antes cada um por si o que dificulta naturalmente todo o processo defensivo. Já tive oportunidade de referir isso aqui, mas a cada jogo que se passa, mais salta à vista a incapacidade da equipa em responder ao jogo nas transicções defesa/ataque. E quem pensa que isto é apenas um problema de início de temporada, então está muito bem enganado, pois só quem esteve desatento às últimas épocas é que poderá pensar tal coisa. Há muita coisa a ser corrigida, muito trabalho a ser feito. Quando uma equipa, vive à custa da aceleração dos seus principais jogadores e quando essa mesma equipa perde a bola e não consegue ter um posicionamento defensivo correcto, aliado ao facto de quando temos a bola, não conseguirmos gerir a posse desta, então temos muitos motivos para estar desconfiados da consistência de jogo do Benfica. Existe um distanciamento muito grande entre os sectores da equipa e quando não estamos em posse, os jogadores não se baseiam no colectivo para salvaguardar os pontos fracos. Até a defender tudo é feito por acções individuais. Preocupante...

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Onde encaixa Djuricic?

Jesus descreve-o como um 9,5. Não podia estar mais em desacordo com ele. O melhor jogador para jogar na posição de 9,5, também é sérvio e chama-se Lazar Markovic. Djuricic é um outro tipo de jogador e precisa de jogar de trás para a frente com a bola dominada, rompendo as defesas com a sua técnica e velocidade. Para além disso é alguém que gosta de pensar o jogo, alguém que gosta de ter a bola controlada e procurar as melhores soluções para os colegas, no fundo, o que quero dizer é que Djuricic assume-se sobretudo como um 10, como ele próprio já fez questão de vincar. Temo que Jesus o vá utilizar de forma errada, não tirando proveito das suas características. Colocar Djuricic demasiado perto do ponta de lança, é assassinar o seu futebol, desperdiçar o seu talento. Pensar em Djuricic muitas vezes de costas viradas para a baliza, é imaginar tudo o que ele nunca virá a ser.

Aliás e indo para além de Djuricic, penso que o plantel do Benfica seria muito mais homogéneo se outra táctica fosse utilizada. Acho que aquilo que Jesus pretende implementar, não tira o melhor partido dos jogadores que tem à sua disposição. Não devem ser os jogadores a adaptar-se à táctica do treinador, mas sim o treinador encontrar uma táctica que tire melhor rendimento do que tem no plantel. E simplesmente isso não tem acontecido com o Benfica de Jesus, com excepção da primeira época. Jesus é um treinador que vive na sombra do seu modelo de jogo, que pode ter uma outra variação, mas não consegue ir além disso e isso faz toda a diferença nos momentos de decisão. Voltando a Djuricic, imagino-o imediatamente à frente de Matic e Enzo, gerindo os ritmos de jogo e ao mesmo tempo procurando desequilíbrios. No fundo seria o terceiro elemento do meio campo, que chegaria muitas vezes à frente de ataque, tentado ele mesmo finalizar. Diferente de ser uma espécie de segundo avançado. Pode parecer igual, mas não é.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ola John precisa de crescer



Foi contratado ao Twente, assumindo-se como uma grande promessa do futebol holandês. Ainda jovem, cedo se percebeu que teria que ser trabalhado e que iria demorar algum tempo até demonstrar o seu potencial. Tempo esse que ainda não acabou. A primeira época de Ola John foi muito irregular. É verdade que chegou a uma nova realidade, teve que se adaptar, mas nota-se que tem ainda muito que crescer. Falta-lhe nervo, atitude, raça. Muitas vezes parece um jogador sem sal, que diambula pelo campo meio perdido nas suas acções. A concorrência esta temporada, será ainda maior do que na época anterior, pelo que não se adivinha tempos fáceis para o jogador holandês. Terá que saber agarrar as oportunidades e crescer à sombra de outros jogadores que no imediato são melhores que ele. Terá essa paciência? Tem muito potencial, mas se quiser subir a outro patamar, terá que mudar a forma como joga, a forma como aborda os lances. Tem que ter uma maior dose de agressividade, maior querer. Penso que é isso que lhe falta.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Será a época de afirmação de Rodrigo?



Com Cardozo de saída, restará ao Benfica Lima e Rodrigo, estando ainda aberta a possibilidade de chegar mais um novo avançado. Rodrigo desde o empréstimo ao Bolton demonstrou muito potencial e capacidade para triunfar num clube com as exigências do Benfica. Não me esqueço daquela temporada onde estava num grande momento de forma, até que Bruno Alves o lesionou... a partir daí todavia, nunca mais conseguiu ter o mesmo rendimento. Tem sido um jogador irregular no clube, mas que vem confirmando as credencias nas selecções jovens espanholas. A verdade é que a concorrência, tem sido muito poderosa, quer Cardozo, quer Lima, ofereciam mais garantias ao treinador, que no entanto não foi deixando de apostar em Rodrigo, sobretudo nas competições europeias. Será esta a época de afirmação de Rodrigo? O ano onde vai confirmar o valor que se lhe reconhece, subindo o seu futebol para um patamar superior? Estará aqui uma janela de oportunidade?

Vamos por partes. Qual a posição onde pode render mais? Muitos dirão como ponta de lança, como o último homem do ataque, explorando a sua velocidade e capacidade de improviso. É dessa forma que se foi notabilizando nas selecções jovens de nuestros hermanos. Jesus tem utilizado Rodrigo muitas vezes como o segundo homem do ataque, ou até em circunstâncias especiais, encostado a uma ala. Poderá esta alternância prejudicar a sua afirmação? Admito que sim, mas acho que o problema no que toca a Rodrigo vai além disso. Rodrigo tem que amadurecer a forma como joga. Precisa pensar mais para o colectivo, pensar além do seu próprio umbigo. Bem sei que um avançado tem que ter os olhos postos na baliza, mas Rodrigo exagera nas jogadas individuais, exagera na forma como tenta por si próprio fazer tudo ao mesmo tempo. E tal irrita-me, porque se souber dosear isso, não só a equipa ficará a ganhar, como o próprio jogador poderá tirar maior partido das suas características. É um jogador egoísta e que precisa abrir os horizontes.

Tudo isso poderá ser corrigido se tiver a oportunidade de jogar mais regularmente. Admito que sim. Vê-se que sempre que é chamado, que está pressionado para fazer a diferença e essa ansiedade claramente o prejudica. Precisa ter mais tranquilidade, jogar o seu futebol de forma natural. Acredito que terá esta época mais minutos de jogo, cabe ao jogador mostrar que tem valor para triunfar.

Carlos Martins, Yannick, Jara, Luisinho, Sidnei e Hugo Vieira...

Casos pendentes à espera de solução. A equipa B espera-os de forma a que possam treinar e manterem-se em forma, mas a equipa B não devia servir para esses propósitos. Comecemos por Carlos Martins. Renovou na temporada transacta e após uma época, não conta para o treinador e está "dispensado". Um claro caso de má gestão. Yannick foi contratado depois de saír em litígio com o Sporting. Uma pequena facada no rival da segunda circular que nos custou cara. Não é um jogador com grande mercado e não é também aposta para Jesus. Porque veio afinal? Jara mostrou na sua primeira época alguma qualidade, mas o seu espaço desapareceu com o tempo. De empréstimo em empréstimo, a batata quente está nas mãos do Benfica. Alguém lembra-se quanto custou? Eu lembro-me. Luisinho foi contratado ao Paços, mas cedo se percebeu que não era uma mais valia. Quais foram então os critérios utilizados para esta aquisição? Difícil perceber. Sidnei foi uma aposta clara do Benfica, mas aqui a culpa é quase exclusiva do jogador que não tem uma mentalidade competitiva adequada à alta competição. Quem o que agora? Hugo Vieira é um bom jogador mas que não entra nas contas do treinador. Não merecia uma oportunidade? Penso que não teríamos nada a perder em dar essa chance. Seja como for, é preciso resolver o quanto antes estes e outros dossiers. E que não se tenha medo de partir para a rescisão de contracto com alguns desses jogadores. Sabendo sempre que terá que ter a concordância dos jogadores em questão.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Benfica TV incomoda? Temos pena!



Pinto da Costa lá veio mandar mais uma laracha... segundo ele a Benfica TV está a criar um conflito de interesses e está a violar as regras, pelo Benfica estar a negociar com outros clubes, com vista a transmissão dos jogos desses clubes no canal. Acho engraçado esta preocupação do presidente do Porto quando a Sport TV é accionista da Porto SAD. Já não existe conflito de interesses nesse caso? A Benfica TV será um sucesso e é bem que essas pessoas se acostumem a esse sucesso e perceberem que já não têm a facilidade de intervir nas transmissões televisivas do Benfica com vista a certos jogos sujos nos bastidores.


A saída do Benfica da Olivedesportos foi uma machadada no tão falado "sistema" e daí este incomodo do presidente do Porto para com o que está a acontecer. Mas apesar de ter sido uma medida corajosa e inovadora, não podemos ficar apenas por aí, na luta contra esse mesmo "sistema". Porque ele está bem vivo e encontrará novas formas de nos prejudicar. Ao Benfica compete duas coisas: ser competente nas suas acções e estar atento aos jogos de bastidores. A primeira coisa originará a segunda. Quanto ao presidente do Porto, num país onde se conhece o seu passado e que mesmo assim, passa incólume e sereno perante tudo, deixo-lhe um conselho: Preocupe-se com o Porto Canal. Faça-o crescer se conseguir.

Empréstimo de Nélson Oliveira será um erro



Antes de mais nada, é preciso dizer que Nélson Oliveira desde que chegou a sénior, poderia ter feito mais do que tem feito até ao momento. Tem capacidade e potencial para isso, os anos vão passando e vai ficando marcado nele o estatuto de eterna promessa. Dito isto, o Benfica também tem cometidos erros na gestão desportiva deste jogador. Os empréstimos a que tem sido sujeito, nomeadamente ao Corunha e ao que tudo indica, nesta temporada à uma equipa inglesa, não têm em conta as características do jogador e aquilo que se pretende evoluir nele, se um dia quiser triunfar no clube. No Corunha foi para uma equipa que lutava para não descer de divisão e que jogava quase sempre em contra-ataque. Em Inglaterra, se for mesmo para o Stoke City, encontrará um tipo de futebol baseado no kick and rush, onde mais uma vez não vai de encontro ao seu tipo de futebol. Que ficará o jogador a ganhar com isto, sempre pensando num possível rertono à casa mãe?


Corrigirá os seus pontos fracos? Amadurecerá o jogador? Ficará preparado para jogar num grande clube como o Benfica? Isso dependerá da sua utilização, poderiam-me dizer. Mas mesmo que seja muito utilizado, tenho sérias dúvidas de que cresça como futebolista. O futebol inglês porém tem muitas coisas positivas, desde logo a abordagem que se tem à competição. Nisso o Nélson Oliveira poderá ficar mais a ganhar, poderá ganhar uma cultura de profissionalismo que quiçá agora lhe falta. De resto, tudo será incerto. Continuo a pensar que o melhor para ele, teria sido ficar no Benfica e crescer naturalmente dentro do plantel, estando debaixo de olho do clube e devidamente acompanhado. Continuo a acreditar no seu valor, mas para esse valor despontar, o jogador terá que acordar para a vida, mas o Benfica também terá que saber gerir melhor a sua carreira. Ambas as coisas não têm acontecido. E poderá estar a perder-se mais um grande talento.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

O que Jesus vê em Roderick?



Não sei qual será o futuro próximo de Roderick. Se ficará no plantel, jogando na equipa B para ganhar ritmo, se será emprestado a uma equipa de primeira liga para mostrar capacidades (o que talvez fosse o melhor). O que sei, e temos que o dizer sem grandes receios, é que mostra ser um jogador fraquinho, quer a central, quer a médio defensivo. Não tem nesta altura a qualidade necessária para integrar o plantel. Ainda estou por perceber como depois da dispensa do Corunha se integrou o Roderick na equipa principal, dando-lhe inclusive minutos de jogo. Isto é brincar com o fogo. Não percebo o que Jesus vê nele, nem que potencial pode ele explorar ali. Sou um defensor da aposta na formação se os jogadores tiverem talento para triunfar, mas não me parece que o Roderick seja um desses casos.

domingo, 21 de julho de 2013

A (falta de) "estrutura"

É um tema muito em voga no Benfica. A "estrutura". Mas então afinal o que é isso? O que designa, que propósitos serve? A estrutura de um clube de futebol, pode ter algumas variabilidades de uns clubes para outros, mas duas coisas existem sempre em simultâneo. Um presidente e um treinador. Depois abaixo de um e acima de outro (que não de Jesus é claro), podem aparecer outras figuras na hierarquia, que têm determinadas funções muito específicas. Um director desportivo por exemplo (seja lá o que isso for). Quando olhamos para o Benfica, facilmente percebemos que a estrutura do clube é Jesus. É ele quem segura as pontas, é ele quem dá a cara, é ele o ponto central por onde tudo gira. O presidente é a figura máxima do clube, mas se há coisa que já percebemos ao longo destes anos, é que a gestão desportiva não é o seu ponto forte. E não esquecer que entrou no clube pelas mãos de Manuel Vilarinho, justamente como director desportivo. Ora um presidente de um clube como o Benfica se não percebe muito dessa gestão desportiva, terá que estar acompanhado por pessoas que o saibam fazer. É o mínimo que se pode exigir.

Num campeonato com as vicissitudes do nosso, onde o jogo fora das quatro linhas, por vezes, conta tanto ou mais que o jogo jogado dentro de campo, salta à vista que o Benfica não tem uma estratégia correcta para atacar os círculos viciosos que se levantam ano após ano. Acho que não preciso dizer que círculos viciosos são esses. A estratégia de comunicação do clube, deixa a desejar. Raramente o Benfica sai a ganhar numa luta corpo a corpo com os dos costume. Porquê isso acontece com tanta frequência? Será por um qualquer complexo de inferioridade que entretanto foi criado? Talvez dentro de campo. Fora dele o problema é outro. Será que não existe dentro do clube alguém que antecipe todos os cenários negros e esteja preparado para agir na altura correcta, sempre que assim for importante? Será que não existe uma estrutura que para além de planear a gestão desportiva do plantel, possa matar à nascença, todo e qualquer ataque que possa acontecer contra o clube? Não, não existe. O que existe são excepções à regra.

O que mudou da temporada anterior para esta, que nos possa fazer pensar que as coisas podem mudar pela positiva, nesse particular? As pessoas no Benfica, no que ao dirigismo diz respeito, são as mesmas. As convicções idem. Soubemos atacar o nosso ponto fraco dentro da estrutura? Soubemos melhorar a forma como o clube se defende das constantes campanhas orquestradas e com fins muito prejudiciais ao clube? Sinceramente, pensei que depois de tudo o que aconteceu na temporada anterior, que iriam existir algumas mudanças, mas mudanças com M grande, com vista a corrigir alguns erros. Existiu uma pequena mudança todavia, que foi o afastamento de Carraça das funções que ocupava. Uma boa medida e que deveria ter sido tomada a mais tempo. Mas não foi o suficiente para estarmos mais coesos na defesa dos nossos interesses. Existem outras pedras que temos que tirar do caminho. Existe muito mais a ser feito e que está a ser subestimado.

Por fim Jesus. Jesus seria um melhor treinador, e disso não tenho dúvidas algumas, se existisse alguém no Benfica que lhe tomasse a rédea. Alguém que o fizesse perceber que ele é uma peça importante dentro da estrutura, mas que não pode ser a principal. Alguém também que o defendesse quando se expõe em demasiado e não raras vezes tal acontece. Alguém que lhe desse todas as condições para que pudesse apenas preocupar-se com o treinar a equipa, alguém que conseguisse domar o seu ego, embora aqui, tenha que reconhecer que tal seria difícil. Essa pessoa no actual Benfica está por aparecer. É um vazio, um buraco negro. E tudo isto poderia ou não ser feito por apenas uma pessoa. Falar de estrutura no Benfica é falar de algo abstracto. Algo não palpável. Existe competência dentro do clube, mas existe também muita incompetência, assistida de camarote por muitos sócios (a maioria) com um nível de exigência a roçar o absurdo. Quo vadis Benfica?

O que fazer com Melgarejo?



Depois da boa temporada que tinha feito no Paços de Ferreira, ninguém imaginaria o que estaria à espera do jogador quando este regressasse ao Benfica. Jesus olhou para ele, para as suas características e tentou adaptá-lo à lateral esquerda, posição onde o clube estava desfalcado, mesmo com a contratação de Luisinho (que ainda está por entender). E este tipo de adaptações têm os seus riscos naturais. Coentrão sofreu o mesmo processo, com inteiro sucesso, mas é um jogador com qualidades inatas que Melgarejo não tem, nem nunca terá. Passada uma época, a conclusão que podemos tirar da adaptação de Melgarejo, é que esta foi falhada. Não foi por acaso aliás, que nos últimos jogos a doer do Benfica na época transacta que o paraguaio foi ultrapassado por André Almeida. O que fazer então agora?


1- Dar mais uma oportunidade ao jogador nessa posição?

2- Devolver o jogador ao seu habitat natural?

3- Emprestar ou vender Melgarejo?


sábado, 20 de julho de 2013

Pizzi seria uma mais valia?



Pizzi é um bom jogador. Acho que ninguém duvida disso. Mas quando olho para as suas características, penso que se adequaria melhor a um sistema diferente do sistema que Jesus costuma utilizar. Se atentarmos aoo rival do norte, Pizzi seria alguém perfeito para interpretar um 4-3-3, jogando sob uma das alas, estando perto das zonas de finalização, fanzendo uso da sua capacidade de improviso. Um pouco diferente da forma como o Benfica de Jesus habitualmente joga. Se vamos pensar em Pizzi, terá que surgir duas questões. A primeira é que a sua entrada teria que resultar da saída de um dos extremos. E aí apesar de achar que temos soluções em quantidade suficiente, nunca negaria entrada de de um jogador com as suas qualidades. A segunda é que Pizzi nunca poderá ser uma alternativa ao ponta de lança, como já vi por aí referido em alguma comunicação social. É um jogador que precisa de espaço, que precisa de vir com a bola controlada e cuja finalização, apesar de ser razoável, nunca será compatível com a de um "matador".


Pelo que, pergunto. Deveria o Benfica avançar para a sua contratação, vamos supor para colmatar uma possível saída de Salvio. Já respondi anteriormente a esse pergunta. Mas não posso deixar de dizer que é um jogador interessante e que acrescentaria sempre qualidade ao plantel. Não saindo Salvio, acho que essa questão nem se coloca... deixa de fazer qualquer sentido. O facto de termos poucos jogadores portugueses no plantel, pode ser um factor importante nestas contas. De uma coisa tenho certeza. O Benfica, mesmo com a suposta saída de "Toto" está bem servido para as alas. E Pizzi, no Benfica, não teria de forma alguma assegurado uma utilização regular, face à qualidade das opções existentes no plantel. E em ano de mundial, o jogador, antes de mais nada, quererá, marcar presença no lote dos convocados de Paulo Bento. O que fazer? Segurar Salvio se possível. Se não for, ir à luta com o que temos. Sem qualquer receio.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

O Benfica ficaria menos forte sem Salvio?



É um excelente jogador. O assédio de outros clubes mais endinheirados não é de espantar. Tem mercado e é um dos grandes activos do clube. O Benfica com Salvio ganha um jogador que garante golos e assistências, mas mais do que isso garante alguém que pode mexer com o jogo de um momento para outro, alguém que tem a capacidade de desequilibrar e fazer a diferença. É uma das peças importantes da equipa. Mas será insubstituível, caso surja uma boa proposta?


As alas é justamente onde o Benfica na minha forma de ver está bem mais servido. Na posição onde Salvio costuma actuar, há Sulejmani e Urreta. Mas pode haver Gaitán ou Ola John, tudo dependerá das opções do treinador. Apesar de ser um membro importante da equipa, poderia-se equacionar o cenário da sua venda, mas saindo, seria necessário ir buscar alguém que o possa substituir?

A resposta de Jesus penso que consigo adivinhar. A minha é que apesar de em termos teóricos ficarmos mais fracos (o que é verdade), existem soluções suficientes no plantel em número e qualidade para colmatar a sua saída. A ter que investir ainda no plantel, seguramente não investiria na aquisição de mais um extremo, antes direccionava esse dinheiro para outras posições que estão em défice. Dito isto, espero que o jogador permaneça no plantel, mas irei entender a sua possível venda, ainda para mais quando o clube vive numa realidade económica difícil e preocupante, apesar de muitas vezes escondida. Mas aceitaria apenas tudo o que fosse acima dos 30 milhões de euros. Menos que isso, nem pensar.


Miguel Rosa tem qualidade para fazer parte do plantel?


Miguel Rosa é um produto das escolas de formação do Benfica, que tem rodado por alguns clubes enquanto sénior, sempre com boas prestações, embora tenha-se que dizer que a realidade da segunda liga, não é a mesma da primeira liga. No entanto, mostrou potencial para aspirar a algo mais. A época passada, competiu na equipa B e fez uma temporada regular. Mas nunca teve uma oportunidade de Jesus para estrear-se pela equipa principal, sempre se foi percebendo que é um jogador que não entra nas contas do treinador. O que fazer agora? Rodar novamente na equipa B, tendo o jogador a expectactiva de integrar o plantel principal (o que todos sabemos que dificilmente acontecerá), ou vender o jogador, assegurando um futuro direito de preferência, bem como uma percentagem do seu passe?

Pessoalmente acho que Miguel Rosa tem qualidade para integrar o plantel do Benfica, se existisse por parte do treinador confiança nas suas capacidades. Mas entremos na cabela de Jesus por uns instantes... Se joga como ala, tem concorrência de peso e pouco ou nulo espaço de afirmação. No centro do terreno, poderia ser o caso de pensarmos que conseguiria fazer a posição oito, dando mais uma alternativa à equipa para além de Enzo, André Gomes ou até Amorim. Em ambos os casos, teria vida difícil, pois as escolhas de Jesus estão já feitas. Resta a hipótese de poder jogar como 10, posição que acho que não beneficia as suas características. Tudo somado, parece-me que o melhor, quer para o clube, quer para o jogador é cada um seguir o seu caminho de forma natural. Miguel Rosa tem o direito de querer competir regularmente na primeira liga e merece a chance de provar o seu valor. Ao clube, restará assegurar que estará atento à sua evolução.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A forma como o Benfica (não) defende

O Benfica é uma equipa que sente muitas dificuldades no processo defensivo. Com bola, o dna do Benfica de Jesus é quase sempre explorar os principais dequilibradores, procurando acções individuais. Ofensivamente o Benfica vive no limite da vertigem. Faz acelerações mas nem por isso controla o jogo. Defensivamente, quando a equipa não tem a bola, é visível que não existe um trabalho bem feito na forma como os jogadores se posicionam. Não é difícil a qualquer adversário, estar em superioridade numérica perto da nossa baliza. O sucesso ou não dessas acções dependerá da qualidade dos executantes. Mas a facilidade com que se chega à nossa grande área é preocupante e um problema que não é novo... vem-se a arrastar vai para 3 anos já... sem existirem significativas melhoras. O Benfica sem bola é inseguro e com bola, não consegue fazer uma posse racional, meter "gelo" no jogo. Sente-se com o pescoço apertado.

É só atentar ao que tem sido os nossos jogos de pré-época, embora sejam "apenas" amigáveis e dando o desconto de estarmos ainda a começar a temporada. Mas os mesmos erros, continuam lá. Os sinais são idênticos, o filme repetido. Vivemos à custa dos golos que marcamos, porque os conseguimos fazer muitas vezes e termos intérpretes do meio campo para a frente de bom nível. Mas Jesus subestima o processo defensivo em demasia. O meio campo vive muito à base da grande qualidade de Matic e Enzo, mas não podem nem conseguem estar em todo o lado, se o adversário for de um nível semelhante. Os espaços aparecem de forma inocente. Basta o adversário colocar um homem a mais no centro do terreno, quando o Benfica está em transicção defensiva, ou seja, quando perde a bola e posiciona-se em em busca de a recuperar, que a equipa sente uma dificuldade natural, treme, abana, obrigando a um grande desgaste do meio campo e expondo a defesa a calafrios. Quantas e quantas jogadas assim, já não vimos nós?

Não me parece que esta época a coisa vá ser diferente. Um treinador que tem uma ciência para o futebol, tem que ter em conta que a ciência precisa de alicerces. De bases. E Jesus esquece, que por mais que tenha um plantel com muitas e boas soluções para o ataque, por mais que tire desses jogadores o melhor rendimento possível, o alicerce de uma equipa tem que começar pela defesa e pela forma como sabe responder nos processos defensivos. A defesa ganha campeonatos. Algo que é dito na boca do povo, mas que tem grande fundo de verdade. Por vezes não fico incomodado por sofrer golos, fico incomodado é pela forma como os sofremos. Erros infantis e que nos custam em momentos decisivos muito caro. No dia em que ver o Benfica de Jesus saber gerir a posse de bola, ser cerebral, ter paciência para provocar o erro no adversário, será o dia em que eu vou saber que o Benfica melhorou a defender. O que tem uma coisa a ver com outra? Fica nas entrelinhas.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Perdoar vale a pena?

Cardozo regressou de férias, ainda com futuro incerto. Desde a final da taça de Portugal, muitas coisas se escreveram sobre este dossier. Se sai ou fica... parece-me claro que por vontade de Jesus, Tacuara irá jogar para outras paragens, porque ao aceitar de volta Cardozo, estaria a passar a mensagem de que que a disciplina no clube não existe. O que será o melhor para o Benfica neste caso?

O Benfica fazer de Cardozo uma bandeira de que a disciplina impera, de que actos irresponsáveis são punidos, dizendo indirectamente aos outros jogadores do plantel, de que ali é Jesus que manda?

Ou Jesus ter um acto de complacência para com Cardozo, permitindo ao paraguaio ficar no plantel, ganhando a frente de ataque, mais uma opção de peso?

Parece-me a mim, que quer uma opção, que outra, trará algumas consequências negativas. Resta então tentar saber qual a solução que trará mais benefícios... e essa para mim, seria a permanência de Tacuara. Cardozo é um líder. Tem vontade de vencer. Sente as derrotas na pele, muitas vezes é decisivo nos momentos chave, gostando ou não das suas características, é um jogador importante. E se houve coragem para renovar com um treinador, que nos últimos três anos, não conseguiu ganhar um campeonato, também deveria existir coragem, para perdoar uma atitude irreflectida de Cardozo, embora punida internamente. Porque o Benfica, com Cardozo, terá sempre uma coisa. Golos.

Olho na pérola: Bernardo Silva


Fica aqui inaugurada uma rúbrica do Benfica Ad Aeternum. O "Olho na pérola" pretende observar e destacar alguns talentos que têm potencial para representar o clube. E esta rúbrica é inaugurada por um jovem jogador proveniente das nossas camadas jovens, de seu nome Bernardo Silva. De aspecto franzino, quando se olha para o Bernardo, à primeira vista diríamos que não víamos ali nada que te fizesse dizer que é jogador de futebol. Mas é só ver a bola nos seus pés para se perceber que é um jogador como poucos. Visão de jogo, inteligência, progressão com bola, tecnicamente acima da média para a sua idade (é da geração de 94) e pormenores quue estão ao alcance de poucos e que não deviam escapar aos olhos dos responsaveis do clube. Antes de mais nada, precisam desaparecer dois estigmas no Benfica: que os jogadores franzinos não dão jogadores e que a aposta na formação seja feita apenas no plano teórico. Se há qualidade o único defeito é negligenciar essa mesma qualidade. Já tive a oportunidade de abordar isso aqui.

Em princípio Bernardo Silva será integrado na equipa B na próxima temporada. É uma medida que faz sentido, pois assim poderá competir num patamar superior e estar mais preparado para o futebol de alta competição. Mas eu teria ido mais longe. É tal o talento deste jogador que eu teria lhe dado a pré-época com a equipa principal. Sei que ao ler isto, alguns de vocês poderão pensar que seria uma decisão precipitada mas a meu ver, seria mais um passo rumo à sua evolução. De referir que o percurso do Bernardo nas camadas jovens é curioso. Na época passada, foi um jogador muito utilizado, dando nas vistas, mas antes disso nem por isso jogava muito, ainda que sempre que o fizesse, tivesse deixado boas indicações. Foi alguém cuja utilização foi feita aos soluços, em detrimento de outros "meninos" que nem metade do talento dele, tinham (para ser simpático). Quem anda por dentro da formação do Benfica, saberá disto, melhor que eu. E saberá as razões para tal.

Certo é que o Benfica tem aqui um possível activo que se for bem gerido, pode tornar-se num caso sério. E é precisamente isso que me preocupa. Claro que o jogador, também terá que saber corresponder dentro de campo, mas isso estou convicto de que o fará. Se não o conhecem, fixem este nome e tentem acompanhar alguns jogos daqui por diante.  Um médio ofensivo dinâmico que tanto pode fazer de oito como de dez, sendo que se me perguntarem, será precisamente na posição oito que poderá ter mais futuro pois as suas características são compatíveis com esse lugar. Certamente um dos maiores talentos vindos da formação do Benfica nos últimos anos. E um dos tais que aparecem muito poucas vezes em cada geração.

terça-feira, 16 de julho de 2013

O que falta ainda ao plantel?

A época já arrancou e chegaram vários jogadores ao clube. Se havia lacunas nas faixas laterais da defesa, chegaram Sílvio e Cortez. Na zona central da defesa, Mitrovic, Lisandro e Steven Vitória foram contratados. Amorim regressa e pode ser mais uma solução para o meio campo (resta saber exactamente onde). Nas alas Markovic e Sulejmani garantem muita qualidade ao jogo da equipa. Djuricic vai lutar com Gaitán (que pode actuar também nas alas atacantes) por um lugar no meio. Faltará alguma coisa ao plantel? As contratações até ao momento foram acertadas?

Vamos à primeira pergunta. Sim, falta ainda pelo menos colmatar uma lacuna do plantel, ou melhor contratar um jogador que possa ser uma boa alternativa a Matic. Não subestimemos a importância deste assunto. O sérvio é um grande jogador, mas a época é longa, poderão haver lesões e castigos e será preciso ter no plantel alguém que ofereça à equipa um bom rendimento. Podem-me perguntar... Amorim poderá ser esse jogador? Não creio. Não penso que tenha a dinâmica necessária para ser o primeiro médio à frente dos centrais, nem a disponibilidade física para tal. Para além do que Amorim não é propriamente forte nas marcações, nem as suas características adequam-se à posição. É bom que tenhamos isto em conta...

Depois, a baliza do Benfica, na minha forma de ver as coisas, continua a ser um problema por resolver. A inconstância de Artur que já custou caro ao clube, não me permite pensar que estamos bem servidos na baliza. Oblak poderia ser a solução, mas ao que parece vamos ter um nova novela de verão em torno deste jogador. O clube poderia vir a terreno esclarecer algo sobre o assunto, confirmar ou desmentir as notícias que têm saído (como tantas vezes o fez anteriormente) mas até ao momento, o silêncio faz-se sentir. Independentemente disso, salta à vista que uma equipa precisa de ter na baliza um dos pilares da equipa e isso não acontece neste Benfica, pelo que poderemos sofrer alguns amargos de boca novamente no futuro.

Quanto à segunda pergunta, globalmente estou satisfeito com as aquisições feitas até ao momento, ainda que existam algumas incógnitas, como serão os casos de Mitrovic ou Cortez por diferentes razões. Mitrovic porque teremos mesmo de esperar para ver a sua valia. Cortez, porque vai necessitar de algum tempo para se adaptar à nova realidade e isso numa equipa que tem que ter resultados imediatos é sempre uma desvantagem. Mas se alguém pensa que são apenas os jogadores que no Benfica fazem a diferença com vista a ganhar títulos, está enganado. O condutor de homens que temos ao leme, como já provou inúmeras vezes, tem a tendência de falhar nos grandes momentos. E a sua maneira de lidar com os jogadores, não é compatível com um líder. E isso faz toda a diferença num campeonato que tem as vicissitudes do nosso. Não basta lutar contra os outros. Muitas vezes temos que lutar contra nós mesmos, contra a nossa incompetência. Fica mais difícil...

Luis Fariña para quê?

Está prestes a chegar mais um jogador para o Benfica. Luis Fariña de seu nome chegará do Racing e assinará por cinco anos em princípio. Vamos ao que interessa.

Questão 1: É bom jogador?

É um bom jogador, embora tenha algumas dúvidas sobre a sua condição física. Assume-se como um "enganche" ou seja um constructor de jogo, alguém que gosta de pegar o jogo da equipa e transportar a bola. Veloz, tem uma dinâmica interessante, possuidor de boa técnica. Mas então já não tínhamos o Djuricic e o Gaitán? Ou será que o Gaitán está de saída? Se sim até posso perceber o alcance desta contratação. Mas duvido que tal aconteça. Pode ainda fazer a posição oito e nesse sentido poderá ser o caso de Jesus pensar nele como uma alternativa a Enzo. Mas se tal acontecer, o que fazer com André Gomes e para quê a volta de Amorim? O que me leva à segunda questão.

Questão 2: Percebe-se o sentido desta contratação?

Não, ponto. Mas deve ser classificado como uma boa oportunidade de negócio. Mais uma. Contratamos mais um jogador para o meio campo, vamos dizer, com características mais ofensivas, mas fomos buscar um lateral esquerdo por empréstimo com cláusula de opção. É para poupar certamente.

Questão 3: Não haveria outras lacunas por colmatar e onde deveríamos investir?

Sim e disso falarei brevemente.

Questão 4: Quem fica a ganhar com isto?

O Benfica não acho que fique. Alguém no entanto ficará. Não está em causa a qualidade do jogador, mas sim o critério no ataque às lacunas do plantel. Mais um jogador para a lista. Boa sorte para ele.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Luisão, Lisandro, Steven, Mitrovic, Jardel serão suficientes?

Garay como seria esperado vai embora. O nosso melhor jogador no centro da defesa vai partir rumo a outras paragens, seria sempre uma questão de tempo. O que nos leva à seguinte questão? Os outros jogadores que o Benfica actualmente dispõe são suficientes para garantir a qualidade necessária para à equipa? Luisão está na fase descendente da sua carreira. Ainda é um jogador que oferece um bom nível, pela sua experiência mas a cada ano que passa, vai-se percebendo que é tempo de acautelar o futuro. Lisandro chegou agora, é um central que vem de outra realidade e teremos de esperar para perceber se não vai sentir dificuldades na adaptação ao ritmo europeu. Steven foi contratado ao Estoril, mas poucos acreditarão que possa ser uma solução constante no eixo da defesa, já que a dupla titular deverá ser Luisão/Lisandro. Mitrovic é um jogador desconhecido, mas com características interessantes, no entanto é ainda uma incógnita e só com o passar do tempo poderemos tirar as dúvidas. Jardel está mais perto de sair do que de ficar, pelo que se impõe perguntar? É suficiente? Estamos mais fortes ou mais fracos?

A transformação de Enzo


Enzo Pérez foi contratado ao Estudiantes e vinha rotulado de um jogador com grande categoria, se bem que se pensava nele sobretudo como médio ala. No entanto a sua permanência no clube não foi duradora, após uma lesão e uma difícil adaptação ao Benfica, em Janeiro voltou para a argentina e para a equipa de onde tinha vindo anteriormente. Parecia que ia ser mais um caso perdido, mais um activo que poderia perder-se de empréstimo em empréstimo, se bem que este activo tivesse uma qualidade inquestionável. Felizmente que isso não aconteceu.

Iniciava então a época de 2011/2012 e o Benfica tinha acabado de vender Javi Garcia e Witsel, sendo que o belga foi vendido depois do mês de Agosto. Jesus tinha que jogar com o que tinha e apostou em Enzo para a zona central do meio campo e em Matic para o lugar de Javi. Estava assim encontrado o novo meio campo do Benfica que tão bem deu conta do recado durante a época. Enzo adaptou-se à nova posição de forma rápida e cedo fez esquecer Witsel. Jogador inteligente com ou sem bola, bom condutor de jogo, forte na marcação, dinâmico nas suas movimentações, tornou-se por direito próprio, uma das peças fundamentais da equipa, uma das pedras basilares do plantel. E agora dificilmente imaginamos um onze do Benfica, sem Enzo Pérez. Uma história com final feliz. Jesus teve o mérito nesta situação.

domingo, 14 de julho de 2013

Djuricic é O Reforço



É daqueles jogadores que não engana. O toque de bola, a forma como se movimenta, a visão de jogo, torna-o num jogador com características muito peculiares e que não se encontram muito por essa europa fora. Djuricic é a grande contratação até ao momento do Benfica e será um dos jogadores determinantes na nova época que agora inicia. Se tudo correr normalmente, se estiver afastado das lesões, será rapidamente um das peças fundamentais da equipa e o jogador à volta do qual o jogo ofensivo vai girar. Jesus descreve-o como um 9,5, Djuricic assume-se como um clássico 10, mas eu acho que ele enquadra-se entre uma coisa e outra.


Percebe-se cada vez mais que o sistema de dois avançados vai ser abandonado, ou ou pelo menos, não utilizado com a mesma frequência da época passada e que Djuricic será muitas vezes o terceiro elemento do meio campo, à frente de Matic (se não saír entretanto) e de Enzo Pérez. E para além das características já anunciadas, é preciso notar que é alguém que tem um bom sentido de baliza, que sente-se à vontade com o golo, pelo que ganhamos não só um constructor de jogo, como também mais uma seta apontada às balizas contrárias. Podem depois vir buscar este post. Djuricic dificilmente ficará mais do que um ano no Benfica.

Urreta é para ficar e ser mais utilizado...



Urreta tem sido um caso difícil de entender desde que chegou ao Benfica. Na Luz teve poucas oportunidades, mas das poucas que teve, deixou boa impressão. Durante os seus sucessivos empréstimos, ora por lesões, ora por conflitos com o treinador (como aconteceu no Corunha), não brilhou por aí além. Mas se olharmos a cru para ele, com olhos de ver, percebemos que é um jogador com talento e que se for realmente aposta, pode ser uma mais valia para a equipa. Relembro que Urreta foi redescoberto por Jesus, depois da saída de Nolito para o Granada na temporada anterior e que foi aparecendo a conta gotas até ao final da época


É verdade que o Benfica está bem servido de soluções com qualidade para as alas. Sálvio, Gaitán (que pode e deve jogar mais vezes no centro), Markovic, Sulejmani e Ola John (embora este tenha ainda muito que crescer), dão garantias ao treinador de rodar o plantel sem se notar grande quebra de rendimento. E nesta perspectiva, percebe-se que Urreta terá poucas chances co clube para mostrar o seu valor, mas ainda assim, deve ser encarado como uma boa opção para as faixas laterais do ataque. Pode-se por o caso de voltar a ser emprestado para jogar com regularidade, mas pelas experiências anteriores que o jogador teve, se calhar o melhor é mesmo ficar no plantel e lutar por um lugar, ainda que seja muito difícil ter o seu espaço na equipa. Cabe o treinador saber gerir isto e tirar o melhor de cada jogador.

sábado, 13 de julho de 2013

Mais uma renovação sem sentido...


Amorim poderá estar prestes a renovar pelo Benfica.... Lembro que não há muito tempo renovou contracto e foi emprestado ao Sporting de Braga por época e meia. Defendo que é um jogador que tem qualidade para integrar o plantel e que será uma opção muito válida para a rotação do mesmo. Mas espero que este... e vou classificar assim, rumor sobre a sua renovação não passe disso e que não cometamos o erro que foi cometido com Carlos Martins na temporada anterior, onde se renovou com um jogador que hoje em dia, não tem lugar no plantel, no caso específico de Martins, por variados motivos, entre eles as lesões. Ruben Amorim, deve sim ser encarado como uma peça útil dentro da equipa, deve ser valorizado por tal factor, mas daí a renovar-lhe o contracto, vai uma larga distância. No mínimo, não é a melhor altura para pensar nisso. No mínimo. No máximo, é uma péssima ideia.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O misterioso caso de Oblak

Oblak anda desaparecido... restam algumas dúvidas sobre a validade do seu contracto. Não estamos a falar de um jogador qualquer, estamos a falar de um guarda redes com um potencial tremendo e que tem tudo para se tornar num fora de série das balizas, digo-o sem qualquer receio. Tudo isto cheira mal... parece-me que os rivais do norte andam a lançar a isca a ver se pescam alguma coisa. O que irá o Benfica fazer perante isto? Que precauções estão a ser tomadas para impedir que mais uma facada no Benfica esteja prestes a ser desferida pelos do costume?

O perfil de Bruno Cortez



Está aí o novo lateral esquerdo do Benfica. Não é um jogador que a maioria dos benfiquistas conheça, pelo que faz sentido tentar perceber que tipo de jogador é ele. Em primeiro lugar, Cortez tem um percurso diferente de grande parte dos futebolistas, ou seja, é um jogador que não teve formação em nenhum clube, apareceu para a ribalta jogando em pequenos clubes do Rio de Janeiro até ser contratado pelo Botafogo, onde teve uma ascensão meteórica que lhe permitiu chegar à selecção brasileira. Em pouco tempo passou de um completo desconhecido a uma das grandes revelações do campeonato brasileiro. Posteriamente foi contratado pelo São Paulo em 2012, onde no seu ano de estreia, foi o jogador mais utilizado pelo clube paulista e uma das peças mais influentes da equipa. Mas do céu ao inferno, foi um instante e no ano seguinte após a eliminação da Libertadores e no campeonato paulista, Cortez foi colocado à margem do grupo e avaliado como um jogador transferível. É neste cenário que aparece o Benfica...


Adiante. Que tipo de lateral é então Bruno Cortez? Vou começar pelos pontos positivos. Ofensivamente é um jogador muito acutilante, possuidor de uma boa velocidade e capacidade técnica que lhe permite causar desequilíbrios no um para um. É o tipo de lateral que com sente-se à vontade com a bola nos pés, que não tem receio em subir pelo flanco, que procura a linha de fundo, tentando fazer uso da sua boa capacidade de cruzamento. E é justamente isto que deve atrair Jesus, alguém que consegue dar profundidade ofensiva à equipa, que tem a facilidade de combinar com o extremo, imprimindo maior ritmo de jogo ao ataque, mas ao mesmo tempo, imprevisibilidade nas suas acções, dificultando as marcações da equipa adversária. É sobretudo isso que Jesus procura num lateral, se souber defender tanto melhor. E talvez venha daí a adaptação falhada de Melgarejo...

Pontos menos fortes? Aqui é justamente onde surge a grande ressalva em relação a Bruno Cortez. Não é um jogador especialmente forte nas marcações, denota por vezes alguma incapacidade para manter o mesmo nível de concentração durante um jogo. Consegue ter uma boa dose de agressividade na disputa dos lances, mas talvez por ter sido um jogador sem base no que toca à formação, é algo selvagem na forma como encara os processos defensivos. Sem bola, é um jogador que precisa assimilar ainda algumas coisas, como por exemplo o seu posicionamento. Muitas vezes só tem olhos para a bola e não tanto para a movimentação dos jogadores que tem pela sua frente, o que naturalmente tem as suas desvantagens. Jesus terá algum trabalho pela frente para desenvolver o potencial deste jogador, ainda que estejamos a falar de alguém com 26 anos de idade e que agora vai vivenciar, a sua primeira experiência no futebol europeu. Uma contratação de risco.

No entanto, é preciso dizer que Cortez tem qualidade e é uma mais valia ao que temos actualmente. Isso não significa necessariamente que seja o que precisamos, mas neste caso específico, apesar de ser uma aposta arriscada (pelas razões já explicadas), consigo perceber o critério na contratação. Se me perguntassem... era este que ias buscar para a lateral esquerda? Eu diria que tinha uns quatro ou cinco nomes, no mínimo, à sua frente. Mas não posso deixar de dizer, que apesar de todas as vicissitudes, é um jogador que aprecio e que vai pelo seu tipo de futebol, agradar a muita gente. Mas nunca esquecendo, que a principal função de um lateral, em primeiro lugar, antes de tudo mais, é defender. O resto vem por acréscimo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

José Veiga, persona non grata



Vieira trouxe Veiga para o clube, num tempo de vacas magras. Um tempo onde não existia a capacidade por parte do clube de investir no mercado, como o faz agora. Como todos, fez umas coisas boas, outras más, mas posteriormente abandonou o clube e distanciou-se de Vieira de forma incontornável. O seu passado levanta muitas dúvidas à maioria dos benfiquistas, nomeadamente as suas conexões com o rival do norte. Mas penso que poucos duvidarão do conhecimento que José Veiga tem dos bastidores do futebol português, da forma como está por dentro do tipo de jogadas sujas dos de sempre. Quem depois de Veiga, defendeu o clube desses esquemas? Será que não está aqui um dos grandes erros da gestão de Vieira? Uma estrutura orfã de alguém que saiba lidar com tudo o que se passa fora de campo?


O campeonato português tem muitas especificidades. O jogo jogado, infelizmente não se limita ao que se passa dentro das quatro linhas. As constantes pressões sobre a arbitragem, através de quem todos sabemos, trazem os seus resultados época após época. O que faz o Benfica para impedir isto? O que vimos nós por exemplo na temporada passada? Uma conferência de imprensa totalmente inapropriada perto do final da temporada, quando pensavam que o campeonato estava já ganho, o que se revelou um grave erro. E antes disso, onde estavam os nossos dirigentes, quando foi necessário defender o clube dos constantes ataques articulados por Pinto da Costa e seus vassalos? Estavam calados, quando deviam saber protestar. E depois estavam a falar, quando deviam saber estar em silêncio. Não existe de forma alguma, uma estratégia dentro do clube que permita evitar que esses ataques, essas pressões, atinjam o fim que lhes são propostos.

Não quero que o Benfica utilize os mesmos métodos do Porto. Nunca. Quero é alguém que consiga sabotar esses métodos à nascença, que saiba o que é preciso para eliminar pela base qualquer tipo de jogada suja com vista a enfraquecer o Benfica. E por isso o digo, com toda a frontalidade. Os benfiquistas precisam perder o estereotipo que criaram à volta de José Veiga. Os benfiquistas precisam voltar a ter uma cultura de exigência, uma filosofia de vitória, precisam ter dirigentes que lutem pelo Benfica até a exaustão. Percebo quem me possa dizer que não quer Veiga no Benfica, porque preferiam um outro perfil de dirigente, no que toca a gestão desportiva. Mas não percebo aqueles que odeiam Veiga, apenas porque Vieira fechou-lhe a porta, entrando para uma espécie de lista negra.. Porque isso não faz sentido algum. Principalmente quando na actual direcção fazem parte elementos que um dia estiveram do outro lado da barricada, ou seja, foram opositores de Vieira.

Alguém acredita que o Benfica saberá reagir na época que agora iniciou aos esquemas sujos e por demais conhecidos do FC Porto? Não está por demais evidente que falta dentro da estrutura (que é débil), alguém que se oponha a esta podridão que está instalada dentro do futebol português? Mas que se oponha na práctica, não apenas na teoria. E aí meus amigos, não vejo ninguém melhor que José Veiga para desempenhar esse papel. Estou consciente de que o seu regresso ao Benfica não acontecerá pelas mãos de Vieira. Estou consciente de que a nação benfiquista olha para ele de lado. Estou consciente de que podem existir outras pessoas que poderão desempenhar essa tarefa. Mas não estou nada convencido de que, quem de direito saberá encontrar quem faça tal coisa. José Veiga para mim nunca foi persona non grata. Nunca foi também uma espécie de salvador. Mas foi o único na era Vieira que soube enfrentar o Porto e colocá-los no seu sítio.

Jardel de saída?

Jardel não é um jogador que prime pela classe na forma como joga, não é um predestinado para a posição de defesa central, mas é um jogador que tem qualidade o suficiente para fazer parte do plantel. Demonstrou na época passada que pode fazer bem o lugar, mas também parece-me óbvio de que é algo curto para aquilo que deve ser um titular do Benfica. Com as chegadas de Lisandro, Mitrovic e Steven Vitória, torna-se evidente que o seu espaço no clube diminuiu de forma drástica. O que fazer então? Terá mercado o suficiente para aparecer uma boa proposta pelo seu passe? E que proposta seria essa que faria Jesus abdicar dos seus serviços? Tudo o que fosse acima dos três milhões de euros, o Benfica na minha óptica devia aceitar. Mas se nada disso acontecer e Jardel permanecer no clube, então terá que se fazer à vida e lutar por um lugar na rotação do plantel. É sobre este ponto de vista que encaro o brasileiro, um jogador para ocupar aqui e ali a vaga dos titulares. Mas Jardel pode querer outras coisas para o seu futuro. Pode querer jogar com outra regularidade. E face ao cenário actual, duvido que tal venha a acontecer na próxima temporada. Acredito que até ao final do mercado, haverão novidades...

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Artur merece mais uma chance no Benfica?



Ainda escrevo um pouco a quente do que se passou na temporada passada. Artur realizou uma época irregular com erros graves em alguns jogos decisivos, prejudicando com isso a equipa. É verdade que os erros num guarda redes saltam mais à vista do que os erros de um avançado, mas não é menos verdade que na posição específica de Artur e jogando num clube com as aspirações do Benfica, o jogador tem que estar preparado para intervir poucas vezes mas com critério. Não existem jogadores perfeitos, todos cometem erros, mas a diferença entre um grande guardião das balizas e os outros, é que os fora de série nos momentos decisivos fazem a diferença. Os grande guarda redes erram menos. E Artur, tem que ser dito com toda a clareza, não é, nem de longe, nem de perto, um fora de série.


Porquê então a aposta em Artur mais uma temporada? Se calhar, porque Jesus acredita no seu valor e pensará que tudo não terá passado de meras infelicidades. Se assim for e espero que não seja, então o treinador devia saber que no futebol as coincidências são poucas e quando a mesma coisa, se repete no tempo vezes a mais, alguma coisa está errado. Podemos encarar as coisas sob uma outra perspectiva. Artur não tem concorrência à altura no Benfica e sabe que o lugar das balizas é seu por direito, o que o faz relaxar demasiado. Consigo perceber este argumento até um certo ponto. Lembro-me que com Eduardo no clube, Artur foi um pouco mais regular, transmitiu mais segurança aos seus companheiros. Mas também esteve mal em algumas ocasiões. Não acho que seja totalmente por aí, embora concorde que devia ter maior concorrência. O que me leva a Oblak.

Jesus acredita no talento de Oblak, mas ao mesmo tempo diz que ele não está pronto para a baliza do Benfica, que é necessário um guarda redes mais experiente. Eu pergunto, que experiência consolidada, tinham Júlio César e Roberto quando foram contratados? Alguma coisa não bate certo aqui. Mais... Jesus pelos vistos também não sabe que Oblak pode entrar nas contas dos jogadores formados em Portugal. Mais ainda... Jesus parece ainda não ter percebido que o esloveno deveria estar no actual plantel e discutir a titularidade com Artur, promotendo uma saudável luta pela titularidade. E se fosse caso disso, como acredito que seria, não ter medo de entregar a baliza ao jovem guarda redes que actuou na época passada no Rio Ave. Tudo isto está a ser mal gerido na minha opinião. Tudo isto revela uma vez mais que o Benfica toma vezes demais as decisões erradas sobre a gestão do plantel. Ou então estarei eu errado e quem de direito, certo. Espero que sim.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Hugo Almeida? Não, obrigado



Outro dos nomes recentemente falados como possível reforço do Benfica. Hugo Almeida poderia chegar para preencher a vaga deixada por Cardozo. Sinceramente espero que isto não passe de mais um simples rumor, porque com todo o respeito que tenho para com Hugo Almeida, não vejo nele capacidade para ser o ponta de lança de uma equipa como o Benfica. Falta-lhe o essencial, instinto matador, golos. Se o Benfica quer realmente contratar um jogador para o lugar de Tacuara, então que venha realmente uma mais valia e não apenas um jogador para fazer de conta.

O meu presente de natal: Lateral esquerdo

Passam os dias mas a indefinição no que toca à lateral esquerda permanece. Certo é que Luisinho estará de saída e que Melgarejo deverá integrar o plantel, apesar de todos sabermos que é um jogador curto para a posição, embora possa naturalmente evoluír. A mais do que possível chegada de Sílvio poderá resolver o problema? Penso que apenas adiaria o problema e que a solução continuaria por encontrar, uma espécie de fuga para a frente. Precisamos para essa posição de um jogador com qualidade inquestionável, canhoto de preferência, pois Lahm´s não existem aos montes. Será que não existem jogadores ao alcance do Benfica que permitiram colmatar essa lacuna? Será que vamos continuar com um défice nessa posição?

aqui referi algumas boas opções para o lugar. O facto de se poder dizer que o dinheiro não abunda não pode servir de desculpa para seja o que for. Há que ser criterioso no ataque às falhas latentes no plantel. A época já arrancou e o que se vê é alguma desorganização, como quase sempre tem existido, no planeamento desportivo. É certo que o mercado está longe de fechar e que ainda haverá tempo para contratar um jogador que acrescente qualidade à equipa, mas os motivos para preocupação existem e os sinais recentes, não nos permitem estar muito optimistas. Não quero acreditar que depois de tudo o que aconteceu na temporada transacta, que vamos atacar a nova época com desequilíbrios evidentes no plantel.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Qual será o papel de Gaitán?


Chegou Markovic e Sulejmani para as alas. Djuricic para o nove e meio como afirmou Jesus. Gaitán deverá permanecer no plantel do Benfica e ainda bem que é assim. Isto porque desta forma, permite a quem chega ir crescendo dentro do clube, tendo mais tempo para adaptarem-se à uma nova realidade. Nico é um jogador de grande qualidade, alguém que tem nos seus pés, a capacidade de desequilibrar um jogo através de um rasgo individual, alguém que não tem receio em ir para cima dos adversários em busca de algo que possa ser útil à equipa. No entanto peca por alguma irregularidade, não tem conseguido ser consistente nas suas exibições, mas acrescenta muito à equipa e por isso a sua possível permanência, será uma boa notícia e permitirá ao treinador ter mais opções, tornando o jogo da equipa mais imprevisível. Aliás essa será uma das grandes vantagens que Jesus terá esta temporada... do meio campo para a frente, para as faixas laterais ou para o ataque, as soluções abundam. Boas soluções e com diferentes características.


domingo, 7 de julho de 2013

Saída de Garay é inevitável?


Parece ser uma questão de tempo até o central argentino deixar a luz. Sem quaisquer margem para dúvidas foi um dos melhores centrais a passar pelo Benfica nos últimos anos. Lembro-me de Ricardo Gomes, Aldaír, Mozer, Gamarra, David Luíz ou Luisão, mas Garay está entre essa elite que nos deslumbra pela simplicidade de processos e pela classe que demonstra em campo. Seria importante mantê-lo pelo menos mais uma temporada, dando tempo ao recém chegado Lisandro López de entrar na equipa sem grandes pressões. No entanto todos sabemos que tal coisa será muito difícil e que Garay estará de malas feitas para outras paragens. Com muita pena, é quase impossível ao Benfica segurar os seus melhores jogadores, quando outros mercados surgem com propostas financeiras muito mais tentadoras. É preciso lembrar que somos um clube que depende das vendas para equilibrar as contas e ainda não saíu ninguém relevante. Segurar Garay seria um acto de coragem, mas também uma demonstração que estamos a atacar a nova época com ambição. Todavia outros valores se levantam...

sábado, 6 de julho de 2013

Sílvio seria uma boa opção?



É um dos nomes falados no mercado. Sílvio pode estar a caminho do Benfica. Formado no clube, sem espaço no Atlético de Madrid, será que a sua possível contratação faria sentido? Sílvio é um jogador que pode fazer as duas faixas laterais da defesa, sobretudo a direita e é alguém que tem qualidade o suficiente para fazer parte do plantel. Mas o que fazer com André Almeida, que na maioria dos jogos que foi utilizado como lateral, esteve bem nas suas prestações? E Maxi, que vem de uma época horrível, sentiria-se ameaçado com a chegada de Sílvio? A concorrência nunca é demais dentro de uma equipa, as boas soluções são sempre bem-vindas, mas tenho algumas dúvidas de que Sílvio pudesse ser o que estamos a precisar. Sobretudo quando existe um jovem talento na equipa B à espera de ser potenciado... de seu nome João Cancelo. Para quando o lateral esquerdo?

O desafio de Jesus


Qual é o grande desafio de Jesus para esta temporada que agora começa? Ganhar o campeonato? Levar o clube à conquista da taça de Portugal tantos anos depois? Reconquistar a taça da Liga? Ou fazer uma gracinha na liga dos campeões? Nenhuma das coisas acima referidas. O grande desafio de Jesus, se quiser alcançar seja o que for, é abafar o seu gigantesco ego. É o seu enorme ego, que não lhe permite ir mais além como treinador, é o seu ego, que faz com que seja sempre o centro das atenções em vez de serem os artistas do jogo, ou seja, os futebolistas. É o seu ego, que não o permite evoluír, pensando que tudo sabe e que não existe mais nada para além do seu mundo, da sua ciência do futebol. É o seu ego que chama para si todos os méritos, sacudindo os fracassos. O que fazer então?

Quem pode de alguma foram controlar isto? Quem tem a responsabilidade de chamar o treinador à razão e fazê-lo perceber que vai para três anos a perder o campeonato para os rivais de sempre? Espera aí... se calhar quem tem essa função, ou melhor, quem deveria ter, tem um ego ainda maior. O Benfica transformou-se nisto, num clube de egos, de bazófia, de arrogância, de vitórias morais. Porque razão então alguma coisa haveria de mudar esta temporada? O que nos pode fazer crer, que os mesmos erros não serão cometidos por Jesus? A sensação que dá, na maior parte das vezes, é que é o treinador que vai segurando as pontas ao presidente. É ele que dá a cara, o peito às balas. É ele que é a estrutura do futebol, em vez de ser apenas o treinador com uma estrutura por detrás.

Seja como for, Jesus iniciou agora a quinta época no Benfica. O seu saldo em títulos? Um campeonato e quatro taças da liga. Isto é suficiente para um treinador do Benfica se manter tanto tempo ao serviço do clube? A resposta lógica é, não. Porquê então continua Jesus no Benfica? Porque se existe uma coisa em que Jesus é bom, é valorizar activos (alguns... outros são simplesmente esquecidos). Com isso surgem transferências milionárias, receitas para o clube, dinheiro em caixa. Esta é a razão pela qual Vieira mantém Jesus como treinador. Porque teme que mais nenhum o treinador possa fazer isto, tão bem como ele. Os títulos esses, enquanto a massa associativa andar distraída com o "sistema", com as arbitragens, com a Benfica TV, com o novo museu, são relativizados e quase que passados para segundo plano. Jesus sabe disso e joga com isso. Qual o futuro próximo?

Não é difícil adivinhar. Estará Jesus preparado para o que aí vem? Saberá ele lidar com a primeira adversidade que surgir? A pressão existe sempre no Benfica, mas nunca ela esteve tão alta para o actual treinador como agora está. A margem de erro é reduzida, diria, quase nula. Num clube com outros valores, com outra exigência, Jesus já teria abandonado o cargo de treinador. Mas já que ficou, até que ponto os sócios do Benfica serão pacientes para com o treinador se os maus resultados aparecerem? É que no dia em que o presidente sentir que a coisa começa a ficar preta para o lado dele, será o dia em que Jesus sairá pela porta pequena do Benfica. Será uma questão de tempo isso acontecer. Mas gostaria e muito de estar equivocado... Estará Jesus preocupado com isso? Um doce para quem souber.

Os irmãos das estrelas também são contratados...



Afirmou-se Nemanja Matic, chegou Uros Matic. Contratou-se Lazar Markovic, chegou Filip Markovic. É uma nova tendência do Benfica, procurar nos genes de alguns jogadores, talento para o futuro. Quer Uros Matic quer, Filip Markovic deverão integrar a equipa B do clube. Mas qual o real sentido destas contratações? Gostaria de perceber isto. Se no caso do irmão de Matic, vejo ali alguma coisa interessante que pode ser explorada, algum talento que pode ser rentabilizado, no caso do irmão de Lazar Markovic, já não posso dizer o mesmo. É como quem vai comprar sapatos. Compras o esquerdo, trazes o direito de borla. Estas coisas na era Vieira por vezes acontecem. Quem não se lembra, embora em moldes diferentes, do pacote de cinco jogadores comprados ao Alverca? Ou então, quem não se lembra da contratação do irmão de Mário Jardel? Calma dirão alguns... pelo menos dá o benefício da dúvida. Vou dar, principalmente ao Uros Matic, mas que isto faz pouco sentido, ai isso faz...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Jogadores portugueses e a sua formação

São muitos os benfiquistas que se queixam da ausência de jogadores portugueses do plantel. Pessoalmente sou a favor da qualidade não importando a nacionalidade, mas é verdade que as coisas podiam ser feitas de uma outra forma com vista a rentabilizar alguns bons jogadores que vão surgindo dentro de portas. Existe um certo preconceito dentro do clube na aposta de jovens valores nacionais, mas também existe alguma falta de qualidade no produto interno. Estas coisas estão ambas interligadas e para se discutir isto, temos que ir ao fundo da questão. Onde começa o problema? Difícil dizer mas podemos enumerar algumas causas.

Falemos então da formação. A formação em Portugal é mal gerida, mal preparada, mal pensada. Não existe na esmagadora maioria dos clubes um plano desde a base até à equipa principal, onde possam ser enquadrados os futuros talentos de forma gradual e com critério. É tudo feito em cima do joelho, os jogadores são muitas vezes mal trabalhados, não existe uma metodologia de treino específica que permita desenvolver de forma correcta o potencial de cada jogador. Há que lembrar também que o acompanhamento de um jovem vai além do seu valor futebolístico. É preciso também incutir-lhe valores humanos, que muitas vezes são subestimados. Depois há outro problema que é o nível competitivo. Os nossos campeonatos de formação são fracos, sem grande competitividade, sendo dessa forma natural que a passagem para o futebol sénior seja muito difícil e se revele demasiado problemática. 

Indo de encontro à realidade do Benfica, o clube tem as infra-estruturas necessárias para moldar o que de bom vai surgindo. Falta no entanto o tal plano uniformizado que permita aos jogadores crescerem com um modelo de jogo e dessa forma possam assimilar desde a base os princípios da equipa. No fundo falta uma filosofia de jogo. A equipa B é uma boa ajuda para enquadrar os jovens jogadores, para dar-lhes ritmo de competição, fazer com que possam habituar-se ao futebol de alto nível. A equipa B tem que servir sobretudo para descobrir bons jogadores para a equipa principal, não para servir de entreposto a um sem número de jogadores estrangeiros que na maior parte das vezes têm qualidade semelhante ao que produzimos no Seixal. Atenção não sou contra a incorporação de jovens talentos de outros países, sou contra isso sim, a falta de critério que é patente na aquisição desses mesmos talentos. De outra forma, o problema continuará a existir.

Por fim a aposta. Quando o produto final está quase a ser concluído e se existir qualidade nesse produto, o único erro é não se apostar nessa qualidade. E isso é vigente no Benfica. Não têm sido muitos os grandes jogadores que têm saído da formação, mas também é necessário dizer, que as oportunidades escasseiam o que torna tudo mais difícil. Mais, deita por terra o trabalho realizado no desenvolvimento de cada jogador, deita por terra o que foi investido em cada um deles. É fundamental haver uma inversão de mentalidade neste aspecto, não ter medo de lançar bons jogadores vindos da formação em detrimento de um qualquer estrangeiro que possa estar na ribalta. Se o nível for semelhante, a escolha é óbvia, ou pelo menos devia ser. Não basta dizer que vamos investir na formação. É preciso colocar isso em práctica. Estou para ver quando isso vai acontecer...

Estamos entregues à bicharada!


Jesus deu mais uma entrevista... Alguns pontos foram enumerados, algumas barbaridades foram ditas. Mas vou só focar-me na primeira que aparece na lista acima:

"Potenciar jogadores é tão importante como ganhar títulos"

A sério? A sério que um treinador do Benfica diz tal coisa? E os benfiquistas acenam com a cabeça e dizem que sim? E ficamos assim entregues à esta mentalidade derrotista? Entregues às vitórias morais? Já o tinha dito antes, a exigência no Benfica quase que acabou. Mas depois de assistir a isto daquele que comanda a equipa de futebol, chego à conclusão, de que ela foi completamente erradicada dentro do clube. E ficamos a perceber qual o verdadeiro objectivo do Benfica. Valorizar activos. Títulos? Valorizar jogadores é a mesma coisa. Estou frustrado, chocado, mas devo dizer que não estou totalmente surpreendido. Quem apoia esta mediocridade só tem o que merece. Eu digo-vos. Eu não mereço isto.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Ai o karma da última jornada...

Depois de termos perdido o campeonato, maneira de falar, em casa contra o Estoril e na penúltima jornada no dragão, era só o que faltava perdermos o campeonato na última jornada frente aos mesmos de sempre, novamente fora de casa...

O benfiquista hoje em dia está condenado a ser pessimista e tem receio de quase todos os cenários. Mas quem comanda o clube, quem treina os jogadores, quem interpreta o futebol no campo, não pode de forma alguma passar esse pessismo...

Ruben Amorim seria uma mais valia no plantel?

Faço esta pergunta, porque as opções no meio campo continuam a escassear. Amorim não é um craque, mas tem qualidade, é um jogador que faz sentido que integre o plantel do Benfica. Desde que saiba é claro que não será de todo um titular indiscutível e que será um jogador para entrar na rotação da equipa. Se não estiver disponível para isso ou se os problemas com Jesus não estiverem resolvidos, nem vale a pena pensar em Amorim. Continuando... estamos a falar de um internacional português, um jogador maduro e que está na plenitude das suas faculdades enquanto jogador. Se existir consenso entre aquilo que o clube ambiciona dele e aquilo que o jogador ambiciona do Benfica, então seria um erro não incorporá-lo no plantel de 2013/2014. Lembro-me do papel que teve na conquista do último título. Sem ser um jogador indiscutível, longe disso, esteve quase sempre bem, sempre que foi chamado à equipa. E isso não pode ser negado. O Benfica não precisa sempre, de procurar soluções para colmatar as lacunas do plantel fora da nossa realidade. Tem que saber olhar para dentro, tentar rentabilizar o que de bom existe nos nossos quadros. Investir no que é nosso, tirar proveito do que temos.

Que Luís Filipe Vieira vamos ter nesta época?


É uma pergunta retórica atenção, já sei a resposta. Ainda assim, vou fazer-me de inocente... Que Luís Filipe Vieira vamos ter nesta nova época? Mais do mesmo? Mais discursos populistas e demagogos, mais promessas vãs e sem sentido, mais areia para os olhos dos adeptos? Saberá proteger a equipa quando ela assim o precisar? Saberá defender o clube dos ataques orquestrados dos de sempre? Será que nos momentos cruciais, vai saber estar ao lado do plantel, em vez de estar em viagens por esse mundo fora? Será que vai saber domesticar Jesus e protegê-lo do seu ego? Será que vai dar ao treinador todas as condições para este ter sucesso? Será que vai aparecer quase exclusivamente no momento das vitórias e desaparecer nos momentos das derrotas? Depois de 11 anos será mesmo difícil saber a resposta a todas estas questões? O maior cego é aquele que não quer ver.

Não nego as coisas positivas que Vieira tem feito dentro do Benfica. Tem méritos e são indiscutíveis. O rompimento com a Olivedesportos e a transmissão dos jogos do clube em casa, na Benfica TV foi um acto inovador e que revelou astúcia muitas vezes anteriormente perdida. Isto apenas para dar um exemplo. Mas do que vive um clube como o Benfica? O que fica marcado nas gerações futuras? O que fica verdadeiramente na história? O que fomenta a mística de um clube que se diz grande? Títulos. Conquistas. E nesse aspecto a presidência de Vieira tem sido um fracasso no que ao futebol diz respeito. É preciso dizer as coisas, como elas são. Primeiro era o mandato da credibilização, depois o mandato da recuperação financeira, agora o mandato desportivo... é preciso dar tempo... Roma não se fez num dia... os títulos virão naturalmente, muitos afirmam com a boca cheia...

Meus amigos, os títulos, para quem não sabe não aparecem naturalmente. Aparecem pela competência. Aparecem pelo trabalho bem efectuado dentro de campo e fora dele (ainda mais num campeonato com as particularidades do nosso). Os titulos são fruto de todo um planeamento desportivo que começa muito antes do presente em que vivemos. E a gestão desportiva do plantel, a forma como constantemente se cometem erros, torna tudo mais difícil e afasta o clube do seu lugar por direito. Porquê agora iria mudar? O que alguém me poderá dizer que me faça pensar que estamos no caminho certo a nível desportivo? Que argumentos têm para me dar que me convençam de que agora é que é?

Lanço o desafio, quem quiser responder que responda.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Hélder Cristovão é a opção certa para treinar a equipa B?





Que perfil tem que ter um treinador para uma equipa que tem como objectivo "ganhar" jogadores para a equipa principal? Primeira pegunta.

Hélder Cristovão tem esse perifl? Segunda pergunta.

Que provas dadas tem Hélder como treinador, seja a nível de formação, seja a nível sénior? Terceira pergunta.

Será que ficamos a ganhar com a saída de Norton de Matos e a entrada de Hélder? Quarta pergunta.

Que papel terá o treinador principal nesta equipa B? Quinta pergunta.

Última pergunta. Será que apenas eu vejo que cometemos um erro?